Entenda o conceito e os segredos da longevidade nesta publicação. Aqui também falamos sobre a relação entre longevidade e incontinência urinária. Veja!
Nos últimos três anos a população com mais de 60 anos passou de 29 milhões (13,8%) para 32,4 milhões de pessoas (15,1%), conforme demonstram os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE.
O Brasil está envelhecendo. Quando o país tiver aproximadamente 235 milhões de habitantes, o que deve ocorrer entre 2038 e 2048, segundo projeções do IPEA, Universidade de Washington e IBGE, nossa população vai começar a diminuir, aumentando o topo da pirâmide – ou seja, a aumentando quantidade de pessoas mais velhas.
Com a inversão da pirâmide etária, a projeção é que em 2050, os indivíduos acima dos 60 anos serão mais de 30% da população.
Esse processo se dá pela redução do número de nascimentos e pelo aumento da expectativa de vida da população.
Em outras palavras, podemos dizer que o envelhecimento de um país se dá pela maior longevidade das pessoas.
Longevidade significa a duração ou extensão da vida de um organismo.
Também pode se referir ao período de tempo durante o qual um indivíduo ou uma população se mantém vivos.
Nos humanos, a longevidade também está diretamente atrelada à promoção de estilos de vida saudáveis, cuidados médicos preventivos e fatores genéticos, visando uma vida prolongada com bem-estar físico e mental.
A longevidade é um conceito complexo. Fatores como a genética, que estão fora do controle humano, têm grande impacto na duração e na qualidade de vida.
Por isso, não existe um segredo único que garanta a longevidade.
Somente através da combinação desses fatores - genéticos, ambientais e de estilo de vida – será possível impactar positivamente o envelhecimento saudável, ativo e longevo.
Segundo o Dr. Alexandre Kalache, médico gerontólogo, “fazer com que [as pessoas] envelheçam de maneira ativa e saudável é investir no futuro da nação, tornando-a mais produtiva e competitiva.”
A longevidade ativa refere-se a viver uma vida prolongada com saúde e vigor.
Sendo assim, um possível “segredo” da longevidade passaria pela adoção de hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios e a manutenção de um peso adequado.
Também contribuem para uma vida mais longa evitar o tabagismo, moderar o consumo de álcool, cuidar da saúde mental e ter acesso a cuidados médicos preventivos.
Essas são as peças-chave para promover a longevidade e o bem-estar ao longo do tempo.
O etarismo é a discriminação ou preconceito baseado na idade. Esse fenômeno envolve estereótipos e o tratamento injusto ou de inferioridade pautado na idade de uma pessoa.
O etarismo na era da longevidade traz consigo muitos desafios - mas oportunidades únicas também!
Ao invés de marginalizar essa parcela crescente da população, é crucial reconhecer e valorizar a diversidade de experiências e sabedorias que os idosos trazem consigo.
Com o aumento contínuo da expectativa de vida, superar os estigmas associados à idade adotando uma perspectiva mais inclusiva é fundamental para garantir a qualidade de vida não apenas daqueles que são idosos hoje, mas de todos que serão idosos no futuro.
Nesse contexto, a sociedade deve redefinir suas normas sociais, culturais e políticas que limitam as oportunidades para os mais velhos.
Incentivar uma participação ativa e contínua nas esferas sociais, profissionais e culturais é essencial para construir uma sociedade mais resiliente, inclusiva e interconectada.
O envelhecimento está diretamente associado às mudanças de massa, força e função dos músculos.
O assoalho pélvico, que é uma estrutura de músculos, ligamentos e tecidos que suporta a bexiga, perde a elasticidade e tonicidade com o passar dos anos.
Esse enfraquecimento pode contribuir com a ocorrência da incontinência urinária (IU).
Ou seja: quanto maior a longevidade, maiores as chances de desenvolver a IU.
Embora a incontinência urinária seja mais comum em pessoas mais velhas, nem todas as pessoas idosas experimentam essa condição.
Como já mencionado, a adoção de um estilo de vida saudável, incluindo a prática regular de exercícios específicos para fortalecimento do assoalho pélvico, o controle do peso corporal e o cuidado com a saúde em geral podem contribuir na prevenção ou minimização do risco de escapes involuntários de urina durante o envelhecimento.
Além disso, a consulta regular com profissionais de saúde pode auxiliar na identificação precoce de fatores de risco e na implementação de medidas preventivas adequadas.
Aprender a lidar com a incontinência urinária é importante dentro do cenário da longevidade. Além disso, saber a maneira correta de tratar a IU faz parte da manutenção de envelhecimento saudável e com boa qualidade de vida.
Existem diversas opções de tratamento para diferentes tipos incontinência urinária. Isso requer abordagens terapêuticas específicas.
Os exercícios de Kegel, por exemplo, servem para fortalecer o assoalho pélvico e oferecer suporte à bexiga durante atividades que aumentam a pressão intra-abdominal – como rir, tossir, espirrar e levantar peso.
Para lidar com disfunções neuromusculares, a terapia envolve o uso de medicamentos para controlar as contrações da bexiga, aliviando a urgência de urinar.
Outros tratamentos também podem combinar exercícios de fortalecimento e medicamentos. Além disso, alguns casos podem inclusive envolver procedimentos cirúrgicos.
Também existem produtos desenvolvidos especialmente para lidar com a incontinência urinária, proporcionando controle de odor, prevenção contra vazamentos e uma melhor absorção comparados com produtos menstruais.
De qualquer forma, para garantir a longevidade e a qualidade de vida dos idosos é necessário o acompanhamento médico para a elaboração de um tratamento personalizado para cada caso.